sexta-feira, 29 de julho de 2011

Estaiar. Ou não.

A novidade da semana é ela, a nova Ponte Estaiada. Para você, amigo leitor, que pensava que o nome certo era "istaiada" ou "aquela ponte de ferro lá", trouxe a escrita certinha, pra você falar e humilhar as pessoas ao redor.


A ponte, batizada de Ponte Orestes Quércia, promete ligar nada a lugar nenhum as duas pistas centrais da Marginal Tietê e, pasmem, foi feita somente para carros.
SIM, você que só anda de ônibus, a pé, de patins, de bicicleta, de cadeira de rodas e similares, nunca vai poder "estrear" a novidade (aquela que existe há 70 anos nos EUA) paulistana.

Eu, particularmente, não vejo a minima necessidade da ponte. Além de beneficiar somente os carros, possui somente uma alça, faltando uma segunda, que livraria o trânsito.
Vai ver é um daqueles elefantes brancos que o Kassab adora semear.

Hora de pegar o busão.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Relaxa aí, lê um livro!

Passam-se os dias, os meses, os anos, os séculos e a mentalidade ensinada pelas nações "desenvolvidas" parece nunca chegar à terra-roxa que tanto nos faz feliz.
Aliás, antes de reclamações e declarações pseudo-exter-nacionalistas (isso não existe, ok?), digo que são "desenvolvidas", entre as benditas aspas, pois, no meu ver, quantidade de dinheiro não é parâmetro de desenvolvimento. Já vi muito riquinho metido a dono do mundo que se saia melhor na época em que a moda era bater na cabeça da amada, pra conseguir conquistá-la.

Mas, educação e desenvolvimento é algo pra outra conversa.

A novidade é o projeto que promove mais um meio cultural dentro das estações do Metrô. O Embarque na Leitura promete trazer para uma das áreas mais movimentadas da cidade uma biblioteca inteira. Mas, fazendo a conexão com o inicio do texto, mais uma vez as áreas em que a implementação do projeto era importante ficou de fora. O projeto, feito para as estações Tatuapé, Paraíso e Sta. Cecília não chega aos passageiros da carente Corinthians-Itaquera, Tucuruvi e as outras tantas áreas carentes de cultura da cidade.


Mas, o importante é que algo foi feito.
Falta só arrumar tempo para as pessoas, na correria do Metrô, relaxarem e ler um Shakespeare.

Você pode clicar aqui e saber mais sobre o projeto.

sábado, 13 de novembro de 2010

Doggystyle

Pela primeira vez, ontem, vi um onibus acessivel para cegos e seus cães-guia!
Não consegui fotografar a placa, mas aqui está ela.


Finalmente o governo resolveu implantar isso nos onibus. O velho drama de "Ai esse cachorro é sujo!" ou "Bicho no onibus, não!" finalmente pareceu ter caido por terra.
O Crise no Busão apóia fielmente essas iniciativas.

Falta só agora as pessoas respeitarem e não levar aqueles gatos podres no onibus, bichos malditos.

Chaaaato.

Odeio pessoas pessimistas.
Eu não suporto, mesmo.

Eu tenho um conhecido que há dois anos nunca me falou que estava bem.
Peguei um onibus com ele ontem.

Eram 12:30h, e ele adentrou o coletivo, vindo logo me cumprimentar: "E ai, Marcelo, tudo bom?". Como previsão óbvia, respondi: "Sim e você?". Pra variar, ele me lançou a frase clássica: "Tudo dentro do possivel. Tô acabado."
Eu, intrigado porque alguém, as 12:30, pós-almoço, estaria acabado.


Nosso personagem argumentou que a escola estava acabando com a vida dele.
Era o ultimo ano, e ele não via a hora de terminar.
Eu nunca fui fã da escola, mas eu gostava de ir bater papo, namorar e etc.
Mas ele não.
Nada nunca tá bom, nunca pode piorar mais.
Cai na real meu filho! Tanta gente se fodendo, e você aí, grudado na saia da sua mãe!

Esse post é só um desabafo que eu precisava fazer. Uma pessoa sabia de tudo isso, eu dedico esse post pra ela e todos os desabafos que um dia a gente precisa fazer.

De Regatinha No Busão

Você amigo leitor, pode até gostar de regatas.
Eu fico imaginando quem foi o infeliz que teve a brilhante idéia de cortar as mangas da camiseta, e sair pela rua, dando uma de macho.

Acessório dos pseudo-bombados, na luta pra chamar a atenção feminina, eles acabam perdendo a noção do absurdo, e aí, se encontram com esse post.

Suponha que hoje é uma sexta feira a tarde, você está cansado(a), voltando do trablaho que foi insuportável, já que fez 33ºC na sombra e você trabalha numa caldeira.
Por mero acaso do destino, você tem que pegar um onibus, que, lotado, tem somente UM lugar pra você sentar.
Você não pensa duas vezes, empurra a velhinha subindo com dificuldade, e senta.

Três pontos depois, o onibus está assim.


Você está sentado ali, ao lado do rapaz de óculos escuro e camisa (regata) preta.
Tudo parece estar bem, até que o trajeto começa a ter mais curvas, e você começa a imaginar que aquele sovaco peludo pode vir a te encontrar.
Vai a primeira, a segunda, a terceira curva, então você começa a se preocupar de verdade.

Uma mísera gotinha pousa no seu braço, e você, estranhando, associa essa gota ao suor.
Pronto. Tudo vai acabar logo.

As pessoas começam a balançar mais no onibus e derrepente, ZUM!, a curva é fechada demais, você olha involuntariamente para o lado do rapaz e PLAFT! dá um belo beijo naquele mar de suor, desodorante vencido e pelos.

Agora, continue achando legal usar regata.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A volta dos que não foram

Você que tem 20 anos ou mais, sabe muito bem do que eu vou falar.
O Ônibus Elétrico.

Quem não lembra desse entrépido aventureiro que marcou a década de 80 e 90?
Extinto devido a alta promoção dos motores a explosão, o ônibus elétrico era sensacional.
Não fazia barulho, era velho, podre por dentro e por fora e era lerdo. MUITO lerdo.

Sem contar as vezes que você tava lá dentro, alegre e feliz, e PÁ! o cabo de energia se soltava, caia na rua, matava gente com choque, enfim, era um desespero.
Me lembro quando era pequeno uma vez, voltando da escola com o meu pai num daqueles ônibus, e ACABOU A ENERGIA. Sim, amigo leitor, eu fiquei na rua, durante 1:30h, esperando a energia voltar.
Existiam os ônibus a diesel já, claro, mas eram minoria devido ao gasto de combustivel e a poluição.

De um dia para o outro, os ônibus elétricos deixaram de existir.
Aí veio a geração 2000, do progresso sem limites, a geração 2005, mais preocupadinha com o ambiente, e a geração 2010, que quer adotar denovo nossos antigos amigos.
Mas, querem fazer uma experiencia antes.

Não entendo isso.
É a mesma coisa de arriscar dar Novalgina pra alguem com febre. É óbvio que funciona!
Com visual mais moderninho, os onibus novos serão assim:


Esse é a versão Curitiba.
Os Paulistanos devem ser parecidos, mas com São Paulo escritos do lado.
Gostei das janelas, deve ser bem arejado aí dentro.

Cadê as janelas, Deus?!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Paraguai, oh não!

Hoje eu vi a coisa mais absurda que toda a sociedade paulistana já presenciou.

As pessoas tem uma ansia em mostrar o que ganham, seja uma coisa boa ou ruim.
Uma vez vi umas fotos no orkut de um cara que tinha tomado um tiro, e colocado fotos da bala dentro dele ainda.

Mas, como falamos de ônibus aqui, vamos bater na tecla mais batida de todas. Celular no Onibus.
Mais uma vez, estava no onibus quando uma mulher, aparentando uns 30 anos, tirou da bolsa uma dessas novidades do Paraguai, um MP247 desses, que faz tudo.
Aí ela, tirando da caixinha, escrito HiPhone, liga o aparelho e liga a musica.

Não tinha nada de música ali, mas ela tinha que mostrar pro onibus todo que ela estava ouvindo o RADIO do celular.
Se você é escroto e faz esse tipo de coisa, só lamento, eu te odeio.

Aí, fuçando nas novas coisas ela achou a TV digital daquela coisa.
Aí ela ligou, com a anteninha puxada e colocou, vejam só vocês, no DATENA!

Quem assiste o Datena? Quem assiste o Datena, no Onibus?!
Naquele dia, eu assisti, do lado dela.
Aliás, todo mundo ficou sabendo da mulher que esfaqueou o marido e fugiu com o bebê.