sábado, 13 de novembro de 2010

Doggystyle

Pela primeira vez, ontem, vi um onibus acessivel para cegos e seus cães-guia!
Não consegui fotografar a placa, mas aqui está ela.


Finalmente o governo resolveu implantar isso nos onibus. O velho drama de "Ai esse cachorro é sujo!" ou "Bicho no onibus, não!" finalmente pareceu ter caido por terra.
O Crise no Busão apóia fielmente essas iniciativas.

Falta só agora as pessoas respeitarem e não levar aqueles gatos podres no onibus, bichos malditos.

Chaaaato.

Odeio pessoas pessimistas.
Eu não suporto, mesmo.

Eu tenho um conhecido que há dois anos nunca me falou que estava bem.
Peguei um onibus com ele ontem.

Eram 12:30h, e ele adentrou o coletivo, vindo logo me cumprimentar: "E ai, Marcelo, tudo bom?". Como previsão óbvia, respondi: "Sim e você?". Pra variar, ele me lançou a frase clássica: "Tudo dentro do possivel. Tô acabado."
Eu, intrigado porque alguém, as 12:30, pós-almoço, estaria acabado.


Nosso personagem argumentou que a escola estava acabando com a vida dele.
Era o ultimo ano, e ele não via a hora de terminar.
Eu nunca fui fã da escola, mas eu gostava de ir bater papo, namorar e etc.
Mas ele não.
Nada nunca tá bom, nunca pode piorar mais.
Cai na real meu filho! Tanta gente se fodendo, e você aí, grudado na saia da sua mãe!

Esse post é só um desabafo que eu precisava fazer. Uma pessoa sabia de tudo isso, eu dedico esse post pra ela e todos os desabafos que um dia a gente precisa fazer.

De Regatinha No Busão

Você amigo leitor, pode até gostar de regatas.
Eu fico imaginando quem foi o infeliz que teve a brilhante idéia de cortar as mangas da camiseta, e sair pela rua, dando uma de macho.

Acessório dos pseudo-bombados, na luta pra chamar a atenção feminina, eles acabam perdendo a noção do absurdo, e aí, se encontram com esse post.

Suponha que hoje é uma sexta feira a tarde, você está cansado(a), voltando do trablaho que foi insuportável, já que fez 33ºC na sombra e você trabalha numa caldeira.
Por mero acaso do destino, você tem que pegar um onibus, que, lotado, tem somente UM lugar pra você sentar.
Você não pensa duas vezes, empurra a velhinha subindo com dificuldade, e senta.

Três pontos depois, o onibus está assim.


Você está sentado ali, ao lado do rapaz de óculos escuro e camisa (regata) preta.
Tudo parece estar bem, até que o trajeto começa a ter mais curvas, e você começa a imaginar que aquele sovaco peludo pode vir a te encontrar.
Vai a primeira, a segunda, a terceira curva, então você começa a se preocupar de verdade.

Uma mísera gotinha pousa no seu braço, e você, estranhando, associa essa gota ao suor.
Pronto. Tudo vai acabar logo.

As pessoas começam a balançar mais no onibus e derrepente, ZUM!, a curva é fechada demais, você olha involuntariamente para o lado do rapaz e PLAFT! dá um belo beijo naquele mar de suor, desodorante vencido e pelos.

Agora, continue achando legal usar regata.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A volta dos que não foram

Você que tem 20 anos ou mais, sabe muito bem do que eu vou falar.
O Ônibus Elétrico.

Quem não lembra desse entrépido aventureiro que marcou a década de 80 e 90?
Extinto devido a alta promoção dos motores a explosão, o ônibus elétrico era sensacional.
Não fazia barulho, era velho, podre por dentro e por fora e era lerdo. MUITO lerdo.

Sem contar as vezes que você tava lá dentro, alegre e feliz, e PÁ! o cabo de energia se soltava, caia na rua, matava gente com choque, enfim, era um desespero.
Me lembro quando era pequeno uma vez, voltando da escola com o meu pai num daqueles ônibus, e ACABOU A ENERGIA. Sim, amigo leitor, eu fiquei na rua, durante 1:30h, esperando a energia voltar.
Existiam os ônibus a diesel já, claro, mas eram minoria devido ao gasto de combustivel e a poluição.

De um dia para o outro, os ônibus elétricos deixaram de existir.
Aí veio a geração 2000, do progresso sem limites, a geração 2005, mais preocupadinha com o ambiente, e a geração 2010, que quer adotar denovo nossos antigos amigos.
Mas, querem fazer uma experiencia antes.

Não entendo isso.
É a mesma coisa de arriscar dar Novalgina pra alguem com febre. É óbvio que funciona!
Com visual mais moderninho, os onibus novos serão assim:


Esse é a versão Curitiba.
Os Paulistanos devem ser parecidos, mas com São Paulo escritos do lado.
Gostei das janelas, deve ser bem arejado aí dentro.

Cadê as janelas, Deus?!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Paraguai, oh não!

Hoje eu vi a coisa mais absurda que toda a sociedade paulistana já presenciou.

As pessoas tem uma ansia em mostrar o que ganham, seja uma coisa boa ou ruim.
Uma vez vi umas fotos no orkut de um cara que tinha tomado um tiro, e colocado fotos da bala dentro dele ainda.

Mas, como falamos de ônibus aqui, vamos bater na tecla mais batida de todas. Celular no Onibus.
Mais uma vez, estava no onibus quando uma mulher, aparentando uns 30 anos, tirou da bolsa uma dessas novidades do Paraguai, um MP247 desses, que faz tudo.
Aí ela, tirando da caixinha, escrito HiPhone, liga o aparelho e liga a musica.

Não tinha nada de música ali, mas ela tinha que mostrar pro onibus todo que ela estava ouvindo o RADIO do celular.
Se você é escroto e faz esse tipo de coisa, só lamento, eu te odeio.

Aí, fuçando nas novas coisas ela achou a TV digital daquela coisa.
Aí ela ligou, com a anteninha puxada e colocou, vejam só vocês, no DATENA!

Quem assiste o Datena? Quem assiste o Datena, no Onibus?!
Naquele dia, eu assisti, do lado dela.
Aliás, todo mundo ficou sabendo da mulher que esfaqueou o marido e fugiu com o bebê.

domingo, 7 de novembro de 2010

Calor humano

Ontem resolvi andar de Metrô a tarde, pra lembrar como São Paulo é povoado.

Fui até a Galeria do Rock, na estação São Bento, dei um rolê pela 25 de Março, passei na Praça da Sé, fui assaltado duas vezes e entrei no Metrô, as 18:32h. Quanta infantilidade.

Esperando driblar a famosa Hora do Rush, fui me movendo rapidamente como um ninja, driblando a fila kilométrica da bilheteria e todos os pseudo-bandidos que frequentavam o Acessa SP.
Cheguei lá no 3º andar da estação e olhei pra baixo.

Foi isso que eu vi.


Pensei comigo: Uau, tem show na Sé! *-*
Mas não, caro leitor das cidades menos favorecidas. Isso é a FILA pra entrada no metrô.
Esperei 3:30h pra conseguir embarcar.
Aos trancos e barrancos, me colocaram dentro do vagão, que foi feliz pra minha casa.

Cheguei sem calças, já que tinha sido assaltado duas vezes.
Esses moleuques da Linha Vermelha me pagam.

Tempo é dinheiro.

Sou um telespectador assiduo do TvMinuto.
Pra você que nunca ouviu falar do TvMinuto, é uma máquina que emana raios gama, que fazem você ficar olhando pra um tubo de elétrons durante toda a viagem do metrô, lendo as noticias repetidas. é a Tv Gratuita do Metrô de São Paulo.


Ao acompanhar esse fenomenal meio de comunicação do século XX, descoberto pelos órgãos do transporte publico em 2008, me deparei com as placas sobre Dar a passagem, Ficar a direita e etc.
Alguém já pensou que aquilo não ajuda ninguém?
Eu nunca vi na vida uma fila de escada rolante com todas as pessoas do lado direito, para os maratonistas da Paulista passarem pela esquerda.

Sempre, SEMPRE tem aquela velha, gorda e cheia de sacolas senhora, obesa, com suas compras, no lado esquerdo, pensando que nada no mundo anda mais rapido que ela ali, de pé na esteira.


As outras placas, mais absurdas ainda, sugerem não ficar na porta, na hora de um embarque, não sentar no banco do idoso e por fim, mas não menos importante, deixar as pessoas sairem, para você entrar depois.
O Brasil não é assim não galeeeerinha!

Pra ter efeito, coloque assim: Se você sentar, será assaltado e sua mulher estará com outro quando você chegar, seu corno.
Ou então: Fique a direita se não quiser sem encoxada pelo mendigo que está atrás de você, querendo passar.

Merda de lugar.

sábado, 6 de novembro de 2010

Gritaria no Busão

Vocês com certeza já andaram em grupinhos no onibus.
Se não andaram, são pessoas sozinhas e sem amigos, MWAHAHA, já devem ter visto aquelas crianças que conseguem toda a coragem do Simba fugindo dos Gnus quando estão com os amigos em roda.


Aí, como prova de coragem, eles resolvem mexer com alguém, mostrar que ali o busão é deles. Pobres coitados.
Você que me conhece, deve saber que não seria um alvo facil de tiração de sarro. São poucos que tem coragem de mexer com um negão de 1,85m e 127 kgs. Mesmo que eu não seja assim, é difícil.

No que eu sentei, um dos garotos pobres falou: aê, vamo tomá o nike do maluco que sentou agora, tio!
Continuei sem dar bola.
Dois segundos depois, eles falaram: "Demorô, vamo lá."

Olhei pra um deles, o que veio rindo na minha direção, levantei rapido e falei: "Aê moleque, tira a blusa senão eu te dô três tiro e ainda levo a blusa suja de sangue, seu merda."
Num espasmo, botei a mão embaixo da camisa, fingindo ter a Golden Gun.

Vocês precisavam ver.
O rapaz, no alto da malandragem de seus 14 anos olhou pra trás e vendo que nenhum de seus comparsas o seguia, ficou meio devagar e olhou aflito pro cobrador, que riu e falou: vamo amigo, ele só quer a blusa, tira senão dá problema!

ELE AMEAÇOU TIRAR.
Abriu o ziper, com cara de choro, e foi tirando a manga. Sentei e ri.

Se phode aew, malandersson.
Conclusão: Não mexa com um gordinho malandro.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O drama do Ar Condicionado.

Estava no inédito trecho Taubaté -> São Paulo, hoje, por volta das 18h.

Era um onibus de viagem, certo? Certo!
Estava um calor infernal, certo? Certo!
Um ar condicionado cairia bem, durante um calor infernal, certo? ERRADO!
Não, caro leitor, não.

Vocês não imaginam o desespero que minha viagem se transformou.
No começo, eu, um amante das temperaturas baixas, achando tudo uma grande maravilha, não liguei para os 13ºC que fazia dentro do onibus.
Foi um pequeno choque térmico na entrada, nada que me paralisasse pra sempre. Mas continuei minha viagem feliz, sentado ao lado de um homem que se revelou MUITO estranho, mas isso rende um outro post.
Na altura de Arujá, chuva na rodovia.
Meus braços, após 2h do mais puro ar polar, começava a reclamar.

Minha cabeça pulsava, era um pandemônio.


Fui valente, resisti mais 1h. MENTIRA!
Fui no mesmo momento lá, falar com o Claudinei. (Claudinei é o nome genérico para Motorista de Onibus.)

Num momento super desagradável, ele me disse que não poderia abaixar a temperatura, já que o aparelho era automatico. Argumentei, claro. Perguntei se não tinha um jeito e ele, num acesso de fúria, desligou o ar.
Trinta e sete segundos depois, ele religou o ar.
Eu dormi, pra não dizer que fiquei extremamente puto e quase destrui o onibus com um taco de golf.

Acordei na Rodoviária, com a maior das dores de cabeça que essa sociedade capitalista já viu.
Eu mereço.

De volta à cena.

Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim, amigo leitor, devido a milhões, talvez zinguibilhões de pedidos, o Crise no Busão voltou!
Com um layout novo, mais moderno, pra atender as minhas suas necessidades!

De volta as bobagens que eu protagonizei durante a minha vida!
Chega de papo, hora da ação!
Aceleeeera Claudinei!